Winners - Portugal
10 - 12 years old - Dione
Author: Tiago Gonçalves Teodoro
Saturno é o sexto planeta a contar do Sol, Jápeto e Dione são duas das muitas luas que possui e que foram descobertas por Giovanni Cassini no séc. XVII. Neste momento há uma sonda a explorar Saturno e as suas luas, essa sonda chama-se Cassini.
O principal objetivo dos astrónomos, neste momento, deve ser o de encontrar um local onde a vida seja possível, caso a Terra deixe de ser habitável e, nesse caso, há bastantes vantagens em explorar-se Dione, visto que este satélite apresenta várias caraterísticas que poderiam originar condições propícias ao desenvolvimento e manutenção da vida, o que não se verifica em Saturno e no seu outro satélite, Jápeto.
Com efeito, a vida em Dione seria possível, uma vez que apresenta características que permitiram o aparecimento da vida na Terra, tais como a existência de água congelada no seu solo e de uma camada de água em estado líquido no seu interior; uma atmosfera que contém partículas de oxigénio; um núcleo rochoso e uma densidade maior que a da Terra, que tornam possível pisar o solo e não nos afundarmos nele. No entanto, este satélite natural de Saturno apresenta um fator impeditivo do aparecimento de vida: as suas temperaturas médias muito baixas (-186 °C). Se conseguíssemos aumentar a temperatura de Dione poderia haver lá vida. Poderíamos, por exemplo, criar um efeito de estufa artificial deitando um frasco gigante de dióxido de carbono na atmosfera de Dione, com a quantidade certa, pois com quantidades exageradas poderia substituir o oxigénio na atmosfera e o ar deixaria de ser respirável.
Em contrapartida, seria impossível despoletar vida em Saturno, devido às violentas tempestades que ocorrem à superfície do planeta, à falta de água e de oxigénio na atmosfera e à sua densidade que não permite caminhar à superfície, com a agravante de os astrónomos não poderem enviar para lá qualquer sonda (que se aproxime suficientemente para estudar o planeta ao pormenor), já que está rodeado de anéis quase intrespassáveis.
Excluí também Jápeto porque não há condições para existir lá vida, devido há falta de atmosfera e á densidade de Jápeto ser inferior á da Terra. Além destas condições, este satélite bicolor está constantemente sujeito ao choque com gases e poeiras vindos de Phoebe (a lua mais distante de Saturno).
Em suma, a única escolha viável seria Dione pelas razões já apresentadas, mas com a condicionante de os cientistas terem de encontrar uma solução para fazer aumentar a temperatura desta lua.
10 - 12 years old - Iapetus
Authors:
António Marchenko
Bernardo Gil Cravid Smith Lima
Inês Filipa Costa de Oliveira
Pesquisa de vida na matéria escura de Jápeto
Palavras chave:
• Crateras
• Matéria escura
• Vida
Objetivos:
• Explorar as crateras de Jápeto, nomeadamente a matéria escura das mesmas
• Pesquisar sinais de vida
Enquadramento:
Jápeto é a terceira maior lua de Saturno. Com forma de noz e possuindo a maior cadeia montanhosa do sistema solar ao nível do equador, esta estranha lua tem uma das suas faces cerca de dez vezes mais clara do que a outra. Em Jápeto foi ainda encontrado, no interior de crateras, uma matéria escura. Os cientistas têm opiniões diferentes quanto à origem e constituição dessa matéria escura que, segundo alguns pode ser orgânica. Inicialmente parte da comunidade científica considerou a hipótese desta matéria escura poder vir de dentro de Jápeto mas presentemente é considerada como muito provável a hipótese de a mesma ter origem em poeiras que vêm do exterior do planeta.
A partir das imagens obtidas pelas câmaras das sondas Voyager e Cassini, tem sido possível construir mapas Mercator de Jápeto e efetuar estudos diversos, comparar as características do material obtido sobre Jápeto com estudos/ observações efetuadas a outros planetas e formular novas hipóteses ou apoiar teorias já existentes.
Considerando o conhecimento que se tem sobre a vida microbiana em algumas das crateras terrestres, nomeadamente ao nível das características dos micróbios extremófilos; a suspeita de que a matéria escura de Jápeto pode ser orgânica e de que a mesma acumula calor, gostaríamos de poder analisar em pormenor as informações que as sondas têm enviados para a Missão Cassini, particularmente todas as que se relacionam com o conteúdo das crateras.
Consultas:
http://astropt.org/blog/wpcontent/uploads/2011/06/Japeto_cor_NAC_ISS_Cassini_070611.jpg
http://www.astronoo.com/pt/japeto.html
http://astropt.org/blog/2011/06/12/japeto-novas-imagens-e-uma-nova-revisao-do-modelo-que-explica-a-formacao-das-suas-duas-faces/
10 - 12 years old - Saturn
Author: Madalena Maria Teixeira Antunes de Rocha de Carvalho
Eu, cientista por um dia, nasci no mesmo dia do mês que o astronauta Michael John Smith, vítima do fatídico acidente do Challenger em 1986.
A sonda Cassini, lançada, tal como o vaivém Callenger, do Cabo Canaveral, mas usando um foguete, deixou os Estados Unidos, em 1997, ainda eu não era nascida! Depois de um belo e longo passeio, passando por Vénus, ajudada pela sua gravidade, pela da Terra e pela de Júpiter, lá foi posta a orbitar Saturno, em 2004 – em julho desse ano ainda eu não sabia escrever!
Escolhi Saturno como astro a investigar pela Cassini porque, embora conhecido desde a Pré-História, com os anéis descobertos pela preciosa luneta de Galileu há mais ou menos 400 anos, mesmo assim, ainda há muitas questões a responder sobre ele.
Saturno é o segundo maior planeta do Sistema Solar e com os maiores e mais brilhantes anéis de todos os outros planetas gasosos. Os meus colegas cientistas têm a certeza de que os anéis são compostos por pedaços de gelo e de rocha: uns do tamanho de casas e outros tão minúsculos que não se conseguem ver.
Saturno, tal como a Terra, tem auroras boreais mas que podem durar dias seguidos. Pensa-se que este fenómeno ocorre graças ao campo magnético do planeta dos anéis e aos ventos solares, cujas partículas carregadas, batendo nos eletrões das moléculas atmosféricas os fazem aumentar de energia. Depois essa energia é perdida sobre a forma de bela luz invisível ultravioleta!
A distância média de Saturno ao Sol é de 1,427 x 109 km, roda depressa – o dia tem 10 h, o período de translação é de 29,4 anos, a sua temperatura média é de -180 oC, mas produz muito calor no seu interior, e tem 62 satélites naturais.
Para saber mais, investiria na criação de instrumentos que nos facilitassem a recolha de informações essenciais:
Um braço mecânico que conseguisse recolher amostras de pedaços de gelo e rocha que nos permitissem saber a composição química de cada pedaço e assim descobrir de que materiais em concreto são feitos os anéis. Saberíamos há quanto tempo eles existem, por que razão estão lá, porque é que há uma diferença tão grande entre o tamanho dos pedaços constituintes e qual a razão pela qual são os maiores e mais brilhantes anéis de todos os outros planetas gasosos. Até poderemos vir a descobrir micro-organismos que evidenciem vida extraterrestre!
Um escudo de um material resistente que revestisse a Huygens, protegendo-a do calor abrasador do interior do “Pai de Júpiter”, a recuperasse de Titã, e que permitisse que a sonda chegasse ao núcleo de Saturno para descobrir a sua composição metálica e qual o seu tamanho. Perceberíamos por que será tão forte o magnetismo que atrai as partículas do vento solar e causa as belas “cores” das auroras boreais!
Espero ser surpreendida com mais informações adicionais e ao mesmo tempo fascinantes. E que tudo aconteça antes de eu me tornar, realmente, cientista por uma vida!
http://turma10c.files.wordpress.com/2010/11/quadro-planetas-11.png
http://www.nasa.gov/audience/forstudents/k-4/stories/ring-a-round-the-saturn.html#.UoufNfnwmSo
http://saturn.jpl.nasa.gov/science/index.cfm?SciencePageID=52
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cassini-Huygens#Lan.C3.A7amento_e_viagem
13 - 15 years old - Dione
Author: Diogo Vicente Mendes
Como diz o poeta, "o sonho comanda a vida" mas a concretização dos sonhos sustenta a esperança e é, nesta filosofia, que se compreende a contínua procura, pelo Homem, de respostas para as suas dúvidas e, ainda mais ambiciosamente, da pesquisa de novas problemáticas para encontrar soluções.
Foi no querer ir mais além, conhecer o que ultrapassa a imaginação, que se chegou a Dione, uma das maiores luas de Saturno que possui uma rotação proporcional ao seu movimento orbital, mantendo sempre o mesmo lado virado para Saturno. Esta apresenta a particularidade de ter penhascos de gelo brilhantes numa superfície escura e, ainda, na parte escura e modelada por muitas crateras, exibe feixes com uma forma curva que difere da normal associada a crateras.
Considero que o facto de haver fraturas mais recentes do que alguns depósitos no fundo das crateras e o material que cai das paredes para o interior revelar gelo limpo, poderão fornecer dados importantes aos cientistas sobre ao tipo de atividades decorridas e suas composições. Partindo do pressuposto de que alguns estarão associados a formações topográficas, talvez com depósitos na superfície de gelo com origem num sistema global tectónico, o interesse seria acrescido porque, nessas formações, poderão existir vestígios de relevante importância para a compreensão da sua formação.
Para um estudo mais preciso, saliento que a análise deverá incidir na "fronteira" entre a parte escura e a parte clara, numa cratera onde resida material antigo com queda de gelo limpo, nas latitudes mais a sul onde é visível uma rede de linhas porque, dessa forma, poder-se-ão obter dados para comparação entre dois lados de uma mesma lua que, segundo também se sabe, apresenta uma exosfera. O facto de Dione ter uma atmosfera menos densa do que outros corpos sólidos do sistema solar deve ser, no meu entender, um fator crucial na escolha desta lua para estudo pois acrescenta mais um leque de possibilidades e hipóteses.
Finalmente penso que esta análise comparativa entre a parte clara e a sua oposta permitirá perceber o que provocou, na parte escura, maior formação de crateras porque, pessoalmente, entendo que as diferenças entre as duas partes estão mais interligadas do que o esperado e que o elevado número de crateras na parte escura será compreendido após perceber-se o porquê do menor número das mesmas na parte virada para Saturno. A este facto, associo a "proteção" efetuada sobre Dione por Saturno e pela relação, ainda desconhecida, entre esta e o anel E. Esta "proteção" poderá englobar, para além da distância, algo na atmosfera entre os três, que a tornou mais densa e impediu tantos impactos nesse lado da lua.
Todos os dados acima referidos foram retirados de bibliografia lida na internet, sobretudo no site www.saturn.jpl.nasa.gov.
Espero que com as novas imagens obtidas desta zona os resultados permitam que se continue a sonhar na esperança de aumentar, ainda mais, o ténue conhecimento que possuímos desta grandeza infinita que alcança, apesar de tudo, proporções que só os mais audaciosos poderiam ter perspetivado e problematizado.
13 - 15 years old - Iapetus
Authors:
Ismael Tiago Madeira Magalhães
Patrícia Maria Pimenta Rebelo
As características especiais de Jápeto
Como mini cientistas que somos escolheríamos, no meio de tantos planetas e luas por descobrir, Jápeto como alvo de investigação.
Jápeto, com 1436km de diâmetro, é a terceira maior lua pertencente a Saturno, sendo um corpo celeste fascinante que suscita muitas curiosidades.
Apesar deste planeta, que se encontra cheio de anéis, ter mais de 60 luas conhecidas, Jápeto é especial! Este satélite natural pouco denso é diferente de todos os já conhecidos e deixa-nos curiosos por desvendar os seus enigmas.
A sonda Cassini, em setembro de 2007 transmitiu imagens da sua visão geral após ter aterrado em Jápeto. Estas imagens enviadas pela sonda revelaram a existência de uma crista equatorial que apresenta cerca de 1300km, contendo locais de altitude excecionais.
Este escudo despertou e colocou em hipótese várias formas de formação sendo que, atualmente, pensa-se ter sido formada devido ao acréscimo seguido de um colapso de anéis de idade ou ao efeito das marés.
Jápeto tem também algumas semelhanças com a “prima” da Terra, a lua, como por exemplo:
- O período de rotação, que é igual ao período de revolução;
- Jápeto tem sempre a mesma face virada para Saturno, á semelhança da lua com a Terra.
Fora estas semelhanças, este corpo é conhecido pelo seu hemisfério negro, ou seja, contrariamente a todos os outros corpos celestes, este apresenta duas faces, uma escura com fuligem e outra branca como neve. Uma das hipóteses que pode explicar este lado escuro é a existência de partículas de poeira em órbitas retrógradas, geradas pelo bombardeamento de micrometeoritos. Esta poeira foi aumentando devido a estes micrometeoritos chocarem preferencialmente com esse hemisfério, tornando-o ao longo do tempo significativamente mais escuro. Ou seja, esta matéria escura apresentada pode ser uma fina camada de material orgânico, semelhante á das substâncias complexas concentradas nos meteoritos mais primitivos.
Apesar desta teoria nada é certo, sendo assim necessário haver mais investigações para refutar ou não essa teoria.
O que despertou ainda mais interesse, para além da acentuação da cor escura, foi a grande diferenciação dos materiais entre a parte escura e a parte branca, afinal se toda aquela parte escura se formou devido a poeira, a diferenciação de cor devia de ser gradual, mas não é! Esta diferenciação está a ser investigada pelos cientistas Cassini, sendo que estes referem que a absorção de luz pelo material negro pode ter sido convertida em calor, o que por sua vez sublimou o gelo brilhante em seu redor. Esta hipótese prevê ainda a migração de materiais voláteis para o hemisfério oposto, o que explica a diferenciação do brilho entre os dois hemisférios.
Concluímos assim que as diferenças de Jápeto, em relação a todos os outros corpos celestes, tornam-no num objeto espacial muito interessante. Como estudantes, esta lua provoca uma grande curiosidade a nível científico. Descobertas neste planeta podem ajudar os cientistas a construir teorias para o nosso sistema terra, afinal este tem dois lados distintos com propriedades soberbas, ainda por descodificar ou a reajustar as já existentes para uma melhor compreensão!
13 - 15 years old - Saturn
Author: Tomás Serra Velez
Saturno, uma Fonte de Recursos Hidrológicos
A água é a substância química mais abundante na Natureza e nos seres vivos, pois é um regularizador dos quatro subsistemas terrestres -‐ geosfera, hidrosfera, atmosfera e biosfera. Participa em todos os processos vitais e atua como um meio de transporte de materiais no interior de organismos vivos.
É um recurso natural que num futuro próximo poderá ficar contaminado ou se esgotar! Numa situação de hecatombe natural ou devido à ação antropogénica é urgente identificar fontes no nosso sistema solar.
Saturno é um corpo celeste do sistema solar, situado aproximadamente a 9,54 UA1 do Sol. A missão da NASA2 e da ESA3 Cassini-‐Huygens4, iniciada a 15 de outubro de 1997, tem ajudado os cientistas a estudarem melhor este gigante gasoso, com mais de uma dúzia de anéis constituídos principalmente por água no estado sólido.
É o único planeta, do Sistema Solar, que apresenta uma interação significativa entre o planeta e os seus anéis. Estudos recentes indicam que existe uma espécie de “chuva” proveniente dos anéis para a atmosfera de Saturno, provocando assim uma diminuição na densidade eletrónica do local onde “chove”. Isto acontece porque “as partículas eletrizadas de água são atraídas para o planeta ao longo das linhas do campo magnético”, como afirma Arther Mirza (astrónomo da Universidade de Leicester, Inglaterra).
Saturno apresenta, também, interações com os seus cerca de 62 satélites naturais. Uma dessas interações foi observada pela primeira vez pelos cientistas, através de um telescópio da ESA, em 1997. Enceladus é então, a primeira lua capaz de influenciar a composição química do planeta através da expelição de vapores de água (±250kg por expelição), que entre 3% a 5% farão parte da constituição da atmosfera superior de Saturno.
Este planeta, devido à existência em abundância de água nos seus anéis, deve ser objeto de estudo para que possam ser conhecidas, a um nível mais profundo, a sua composição química, ou até mesmo microbiológica. A recolha de dados e a sua interpretação permitirão aos cientistas avaliar a viabilidade do consumo humano de água proveniente de Saturno, em caso de uma catástrofe ambiental.
O avanço científico e tecnológico tem vindo a permitir aos cientistas fazerem novas descobertas sobre diversas áreas de estudo, tais como: a astronomia, a medicina, as engenharias e as ciências da computação. Isto é possível, porque os cientistas sentem-‐se motivados ao testarem as suas hipóteses e pretendem aumentar o seu conhecimento sobre o Universo.
1 UA - Unidade Astronómica = 149.597.870.700
2 NASA – National Aeronautics and Space Administration
3 ESA – European Space Agency
4 Missão Cassini‐Huygens – Missão não tripulada a Saturno, iniciada a 15 de outubro de 1997. Nave espacial constituída por duas sondas principais: a sonda Cassini orbiter, da NASA, e a sonda Huygens, da ESA.
16 - 18 years old - Dione
Author: Diogo Alves Rebelo
O meu trabalho, não será direccionado ao planeta principal, mas sim a um dos seus satélites, não construído por meios tecnológicos, mas sim universais, planeta esse denominado "Dione".
Descoberto em 1964 por Giovanni Cassini e denominado por John Herschel, Dione é uma das maiores luas de Saturno atingindo um diâmetro de 1123km e um período de rotação de cerca de 66 horas orbitando dentro do grande anel de Saturno.
Representa a segunda lua mais densa de Saturno depois de Titã, o que poderá significar que contém material rochoso no seu interior, e devido a isso, Dione apresenta maior calor radiativo interno, calor esse que poderá ter contribuido para a formação de planicies de baixa densidade e vales. Apresenta igualmente inúmeras crateras que se localizam no hemisfério que lidera o movimento à volta de Saturno, demonstrando um possivel resultado de impactos com rochas provenientes dos anéis do principal.
A sua distância ao sol é relativamente elevada, cerca de 10UA, ou seja, 10 vezes a distância da Terra ao Sol, levando a que o planeta secundário alcance temperaturas muito baixas, rondando os – 186ºC, razão pela qual 60% da sua constituição seja gelo. Dessa forma, foi possivel observar até agora uma superficie brilhante formada por penhascos de gelo, evidenciando movimento de placas tectónicas e uma grande probabilidade de libertação de água, justificando as fracturas desses mesmos penhascos.
Por fim as razões que me levaram a falar sobre este astro são as seguintes: Em primeiro lugar, é um planeta rochoso, denso, no entanto localiza-se agrupado com os planetas gasosos, facto que vai em contra a algumas teorias da origem do Universo que afirmavam que a matéria mais densa terá ficado mais próxima do sol. A sua órbita dentro do anel de Saturno poderá indicar que a lua não fora formada por impactos de planetesimais aleatórios do universo, mas sim por material rochoso proveniente de alguns dos anéis de Saturno, visto que o próprio não contém constituição rochosa. O seu calor radioactivo interno que levou á formação de planícies e vales e o movimento de placas tectónicas podem determinar certos períodos de geodinâmica interna, onde se pode concluir que muito provavelmente Dione já foi um planeta "activo".
A probabilidade de ter ocorrido libertação da água como uma possível explicação da formação das fracturas dos penhascos de gelo num astro com temperaturas extremamente negativas é, a meu ver, uma situação que merece estudo detalhado imediatamente. A nossa lua, poderá representar a nossa Terra antes de esta ter sofrido processos de diferenciação, ou seja, pode representar o seu "instantâneo fotográfico". O mesmo não acontece quando comparando Dione com Saturno, visto que Dione é umas das luas mais densas e o planeta principal é o menos denso do sistema solar.
Em suma, penso que Dione será o melhor astro a ser estudado, visto que não podemos recorrer às características de Saturno para tirarmos qualquer conclusão, já que a lua representa tudo o que existe de diferente perante o "gigante" com anéis, quase como se tivesse sido "emprestada".
16 - 18 years old - Iapetus
Authors:
Francisco de Almeida Tété Machado
Francisco José Limpo Serra dos Santos Dias
Luís Paulo Leite Mota Almeida
Nada no Universo é eterno. Novos planetas surgem, velhas estrelas morrem. Tudo muda constantemente, num sem cessar incansável, desde a Via Láctea até à mais distante das galáxias. Mas foquemo-nos no presente e observemos o nosso Sistema Solar. 8 planetas, todos muito distintos em todos os aspetos possíveis, a maioria com pequenos corpos, como que planetas mais pequenos que giram em torno deles. E se olharmos ainda mais de perto, na órbita de Saturno, reparamos num dos seus mais queridos irmãos, Jápeto, seu companheiro e coadjutor na sua tão vil façanha1.
Mas as particularidades deste astro não ficam pela sua terrível fama, extendem-se até para lá do conhecimento humano. Forjado em data incerta, composto maioritariamente por gelo, com um período de translação igual ao de rotação, à semelhança da nossa Lua, Jápeto tem uma característica que o destingue dos demais satélites de Saturno, uma bipolaridade, uma dicotomia única e fantástica: um hemisfério totalmente claro e outro completamente escuro. Mas qual o porquê desta diferença? Apenas teorias e não factos surgem como resposta. Alguns defendem que a origem da matéria negra é de uma outra lua, Phoebe, e que o lado claro observável é composto por gelo. Outros afirmam que é a sublimação da água no estado sólido, provocada pela radiação solar, que misteriosamente faz surgir uma face negra. Nada é certo, tudo é dúbio.
Mas nem tudo neste astro é desconhecido. E as suas excentricidades não se quedam por aqui. A sua órbita, por exemplo, possui uma inclinação muito elevada, o que é pouco usual, quando comparada com alguns dos satélites de Saturno. O seu albedo varia abruptamente da sua face escura para a clara, de 0.05 para 0.55. Isto significa que um hemisfério reflete apenas um vintavos da radiação solar, enquanto que no outro mais de metade embate na superfície de Jápeto é automaticamente reenviada para o Espaço! Outro contraste incrível. No entanto, a sua temperatura não tem nada de fantástico, muito pelo contrário. Com uma temperatura nada convidativa de -158 ºC, este astro consegue, não obstante, albergar moléculas orgânicas, em tudo semelhantes às encontradas em meteoritos primitivos.
Todas estas peculiaridades e inúmeras mais podem ser descobertas se nós humanos nos propusermos a tal. Porque muito, mesmo muito acerca deste astro está ainda por ser revelado, está ainda embrenhado na escuridão da ignorância: a origem da longa crista que possui, o porquê da sua órbita inclinada, a génese da sua enorme cratera que reside no seu norte...
Cassini, aquando da sua descoberta em 1671, certamente pensou que o seu trabalho vanguardista de descoberta do universo iria ser continuado pelas gerações futuras e é certamente nosso dever honrar este seu desejo. Newton disse "se vi mais longe, foi por me ter segurado nos ombros de gigantes". Os ombros já lá estão, Cassini lá os deixou. Resta-nos a nós, como seres inteligentes, trepá-los e segurarmo-nos neles, para ver "mais longe".
1De acordo com a mitologia grega, Jápeto era filho de Úrano e irmão de Cronos (convertido para Saturno na mitologia romana). Quando Úrano desceu para se deitar com Terra, Jápeto e outros três irmãos seguraram-no enquanto Cronus o castrava com uma foice.
16 - 18 years old - Saturn
Author: Genniffer Kelle Nogueira Oliveira
Saturno, um dos planetas especiais do nosso Sistema Solar, caracteriza-se por ser o sexto a constituir as órbitas que se situam a volta do Sol, estando aproximadamente a 1427 milhões de quilómetros dele, devido a essa mesma distância o corpo celeste tem uma temperatura aproximada de -160°C e demora 29,5 anos a percorrer a sua órbita. Tendo 120.002 quilómetros de diâmetro é o segundo maior planeta em orbita à volta da estrela principal; é constituído essencialmente por grandes massas de Hidrogénio e algum Hélio, visto que, esses são um dos compostos químicos mais leves que existem, consequentemente, Saturno tem uma densidade inferior a da água com apenas 0,7 g.cm-3.
Devido a todos esses fatores, todas as teorias revelam ser impossível existir vida nesse planeta. Contudo, se o planeta e os seus satélites estão em interação podem ocorrer fenómenos que possibilitem, talvez, daqui a alguns milhões de anos surgirem novas especies de células.
Dado que, num dos seus satélites (Encélado, o sexto satélite) existem geisers, que muitos cientistas especulam que o vapor de água ejetado pelos mesmos sejam originários de um mar subterrâneo e, parte dos vapores que saem desses geisers vão para o espaço. sabendo que, existe interação e forças gravitacionais entre um corpo e os seus satélites, podemos afirmar que há possibilidades desses vapores de água entrarem na atmosfera do planeta, tendo que a distância entre os corpos é relativamente pequena.
Por conseguinte, se esse vapor contiver átomos de oxigénio, há a probabilidade ,ainda que reduzida, de quando esse ultrapassar a atmosfera do planeta reagir com o metano que a constitui provocando uma reação de combustão e ,visto que, o metano é um hidrocarboneto esses dois reagentes(O2+CH4) originarão dióxido de carbono(CO2). Caso esse fénomeno aconteça estaremos presentes o primeiro indício de vida. Se houver condiçoes de pressão e temperatura o carbono provocará uma leve subida da temperatura, por conseguinte,todas as moléculas interagir-se-ão dando origem a primeira matéria orgânica. Visto que, a matéria orgânica, o carbono e a agua são fundamentais para existir vida basta haver condiçoes suficientes para estas moléculas se estabilizarem.
No entanto, todas essas possibilidades são muito reduzidas não só pela pouca quantidade de metano que existe no planeta, mas também porque, tal como em todas as reações químicas, é necessário haver condições de temperatura e pressão propícias para isso. Mas, apesar de uma probabilidade de 2% em 100 %, não deixa de ser impossível este acontecimento.
Podemos ainda expecular que exista um tipo de vida no planeta diferente do que nós conhecemos na Terra, com um tipo de célula que não necessite das mesmas condições para existir do que as que conhecemos.
Enfim, o estudo de Saturno e das suas luas é extremamente importante para a humanidade, pois se forem encontradas matéria orgânica ou até água no estado líquido, contribuirá, inevitavelmente, para um enorme avanço cientíco quebrando todas as barreiras relativas a vida e a água no estado líquido sem ser necessária uma camada superficial rochosa e a irradiação solar. Descubrir-se-á assim, uma nova forma de estabilidade, de obter energia e um novo tipo de célula e, consequentemente, de ser vivo. Apartir daí se desencadeará uma nova fase para a humanidade.